Todos os anos, no período de verão, nós vemos na imprensa diversas praias consideradas impróprias para banho. Muitas delas, inclusive, em Santa Catarina, praias lindas, com águas cristalinas, porém, sem condições para contato primário.

Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), balneabilidade é a medição da qualidade das águas destinadas à recreação de contato primário, entendida como contato direto e prolongado. Dentre os fatores que influenciam na balneabilidade, de acordo com a densidade de coliformes fecais, estão a existência de córregos afluindo ao mar, chuvas, condições da maré, fluxo de turistas, entre outros.

No Rio Grande do Sul, o órgão que mede a balneabilidade das praias, é a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler). Para a instituição, as águas são consideradas próprias para banho, “quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas 5 semanas anteriores, no mesmo local, houver, no máximo 1000 Coliformes Termotolerantes ou 800 Escherichia coli por 100 mililitros”.

São consideradas impróprias, “quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas 5 semanas anteriores, no mesmo local, os resultados das análises forem superiores a 1000 Coliformes Termotolerantes ou 800 Escherichia coli por 100 mililitros, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2500 Coliformes Termotolerantes ou 2000 Escherichia coli por 100 mililitros”.

Banhar-se em águas impróprias, pode gerar problemas de saúde, devido ao contato com bactérias, vírus e protozoários. As infecções mais comuns são gastroenterites, infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta, que não costumam ser graves. No entanto, em locais muito contaminados, banhistas podem estar expostos à disenteria, hepatite A, cólera e febre tifóide.